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                                                                   Programa Alternativa Saúde - GNT




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                                                  Jornal Estado de Minas - 2005

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                                                  Revista Bons Fluidos  - 2007


Mensagem para Você


Silenciosamente, o terapeuta pede informações de seu corpo. Assim começa uma consulta de bodytalk. A repórter Isabela Caban experimentou, no Rio de Janeiro, uma sessão, que você acompanha agora. 


Texto: Isabela Caban 


Ilustrações: Juliana Vidigal


Fui ao consultório numa manhã ensolarada com um misto de receio e curiosidade. A sala branca, em um prédio comercial do bairro do Flamengo, e a fala mansa do terapeuta sugerem certo relaxamento. Considero-me cética. Mas o bodytalk despertou minha curiosidade. Cheguei à consulta com poucas informações. Queria passar por uma sessão para, como são Tomé, comprovar algo. 
Já que o bodytalk ainda não é muito conhecido por aqui, o terapeuta Luciano Flehr sempre dá uma breve explicação. Esta terapia alternativa se sustenta no princípio de que nosso corpo tem uma inteligência inata – uma sabedoria que regula e controla o funcionamento do organismo. E mais: para que o corpo funcione em harmonia, é preciso que cada célula esteja em comunicação com as outras. O objetivo do bodytalk, então, é identificar o que não está se relacionando bem e que aspectos nos circuitos energéticos estão deficitários para, assim, restabelecer a comunicação. Sempre lembrando que corpo e mente trabalham juntos – um interfere no bem-estar do outro. 
Parece complexo? Vamos à prática. Antes de eu deitar na maca, Luciano quis saber sobre meu estado físico e mental. Ainda quis saber a respeito de meu temperamento, hábitos e angústias, entre outras coisas. Ele conseguiu me deixar à vontade para falar. Tirei os sapatos e deitei, e ele avisou que faria perguntas a meu corpo. Na linguagem de Luciano, o corpo sabe responder, e a essa capacidade ele dá o nome de “inato”. Então tá. Fechei os olhos e a música de notas orientais ajudou a relaxar. Diferentemente do que imaginei, eu não precisei falar. Quem responde são nossos órgãos por meio de uma técnica chamada biofeedback. Os músculos mais rígidos significam não, e os mais soltos, sim. O terapeuta dá batidinhas no topo da cabeça e na área do coração. Pediu para eu colocar as mãos sobre meus olhos. Luciano permaneceu calado e fez movimentos repetidos no meu braço direito. “Devem ser as tais perguntas mentais”, pensei. Ele confirmou depois. 
A sessão dura em torno de 30 minutos. Eu me senti tranqüila, mas fiquei impressionada com o que veio a seguir. Já sentada novamente, Luciano leu em seu caderno o que eu chamaria de uma espécie de planta do meu corpo. Descreveu sentimentos e citou o ano que eles foram experimentados. Na mosca! Reconheceu o estômago como o meu ponto sensível. Exato! Ao mesmo tempo que identifica esses desequilíbrios existentes, o trabalho consiste em repará-los. Gostei. Saí de lá agradecida e mais crente do poder das energias. 


ALTERNATIVA QUE DEU CERTO

A técnica, criada em 1990 pelo médico australiano John Velthein, foi desenvolvida com base em uma experiência pessoal. Quando o doutor John adoeceu da síndrome da mononucleose, ele passou três anos na Europa procurando a cura. Mas só encontrou alívio nas mãos de uma quiroprata da Nova Zelândia. A técnica, ainda sem nome, era um experimento, porém o médico avisou à amiga: “Você descobriu algo novo”. Com sua experiência como quiroprata e acupunturista, ele desenvolveu e estruturou o bodytalk, levando em conta conhecimentos de cinesiologia, medicina chinesa e ocidental, aiurvédica e física quântica. Atendeu por cinco anos e só quando suas estatísticas confirmaram o êxito em 91% dos casos, passou a divulgar e ministrar cursos pelo mundo. Fundou em Sarasota, na Flórida, EUA, a escola Parama de Filosofia e Ciências Biológicas – a sede do bodytalk. 
No Brasil, o método chegou há pouco mais de três anos. E os profissionais que atuam com seriedade nessa área possuem um certificado da International Bodytalk Association (IBA). O curso é ministrado aqui pela americana Janet Galipo, que cumpre uma agenda cheia. Ela respondeu a meu e-mail da África do Sul, onde também ensina a técnica, e já tem compromissos nos próximos meses para aulas nos Estados Unidos, na Irlanda e no Brasil. “Contamos com cerca de 80 instrutores em 28 países. Há dois tipos de treinamento. Um deles é aberto a todas as pessoas. Numa aula, os participantes conhecem um pouco sobre a técnica e saem aptos para aplicá-la caseiramente. Já a formação profissional compreende seis dias de aula”, explica. 
Como toda nova terapia, essa é vista com reserva pela medicina convencional. Mas Janet Galipo conta que há dois anos o bodytalk foi introduzido na Harvard Medical School, mais exatamente no Osher Institute, o departamento de medicina alternativa. 
Terminada a sessão de bodytalk naquela agradável manhã, não senti particularmente nada de diferente. Luciano Flehr enfatizou que a experiência e os resultados são muito pessoais. “Há pessoas que sentem diferença com uma sessão, outras precisam de mais”, disse. Próxima sessão? É o corpo que decide. Acho que o meu está com vontade de voltar. 


O QUE O CORPO DIZ

O nome bodytalk parte da premissa de que seu corpo fala. O nome, assim, ganha sentido, pois o corpo responde às perguntas feitas silenciosamente pelo terapeuta. Mas que questionário é esse? Em primeiro lugar, ele pede permissão ao corpo para aplicar a técnica: “Tenho permissão para aplicar o bodytalk em seu corpo?” O corpo responde sim ou não. “Há casos de recusa, quando ele não nos dá permissão para trabalhar e é preciso, então, saber qual a técnica ideal no momento. Perguntamos se seria reiki, acupuntura, medicina convencional, e as respostas sempre se dão por meio de um sim ou não emitido pelos músculos”, explica o terapeuta Luciano Flehr. 
O terapeuta segue perguntando sobre qual órgão está em disfunção: “É o pulmão? É o coração? É o estômago?” Quando a resposta é afirmativa, ele detalha. A investigação também aborda questões ambientais para detectar como anda sua relação com o trabalho, com a casa etc. 

Maio de 2007 



© Luciano Flehr 2012